quinta-feira, 14 de julho de 2011

O que é a Tuberculose?

A tuberculose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada de Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch em homenagem a Robert Koch, médico alemão que identificou a bactéria. A doença é muito famosa pelo seu acometimento pulmonar, mas poucos sabem que vários outros órgãos do corpo também podem ser infectados pela tuberculose, como pele, rins, linfonodos, ossos etc... Atualmente 1/3 da população mundial está infectado pelo bacilo de Koch. O fato é que apenas 10% das pessoas que entram em contato com a bactéria desenvolvem tuberculose. Esta resistência se dá pelo nosso sistema imune que é bastante competente em impedir a progressão da tuberculose. O problema é que a bactéria muitas vezes não é completamente eliminada pelo sistema imune e fica adormecida no nosso organismo, sem causar sintomas, à espera de uma queda nas nossas defesas para voltar a se multiplicar. Por este motivo, a epidemia de SIDA (AIDS) trouxe de volta também a epidemia de tuberculose.



SINTOMAS 

- Tosse persistente que pode estar associada à produção de escarro
- Pode ter sangue no escarro ou tosse com sangue puro
- Febre
- Suor excessivo à noite
- Perda de peso 
- Perda do apetite
- Fraqueza



COMO SE ADQUIRE?

Geralmente, pega-se a doença pelo ar contaminado eliminado pelo indivíduo com a tuberculose nos   pulmões. A pessoa sadia inala gotículas, dispersas no ar, de secreção respiratória do indivíduo doente. Este, ao tossir, espirrar ou falar, espalha no ambiente as gotículas contaminadas, que podem sobreviver, dispersas no ar, por horas, desde que não tenham contato com a luz solar. A pessoa sadia, respirando no ambiente contaminado, acaba inalando esta micobactéria que se implantará num local do pulmão. Em poucas semanas, uma pequena inflamação ocorrerá na zona de implantação. Não é ainda uma doença. É o primeiro contato do germe com o organismo (primoinfecção). Depois disso, esta bactéria pode se espalhar e se alojar em vários locais do corpo.
Se o sistema de defesa do organismo estiver com uma boa vigilância, na maioria dos casos, a bactéria não causará doença, ficará sem atividade (período latente). Se, em algum momento da vida, este sistema de defesa diminuir, a bactéria que estava no período latente poderá entrar em atividade e vir a causar doença. Mas, também há a possibilidade da pessoa adquirir a doença no primeiro contato com o germe.
O diagnóstico da tuberculose pulmonar é feito através da história clínica, da radiografia de tórax e do exame de escarro (catarro), este último o exame que identifica a presença do bacilo de Koch.
As infecções extra-pulmonares normalmente ocorrem anos depois da infecção pulmonar ou mesmo da contaminação assintomática. O quadro em geral é de febre persistente e emagrecimento importante sem identificação da causa.



COMO SE TRATA?

O tratamento da tuberculose é padronizado no Brasil. As medicações são distribuídas pelo sistema de saúde, através de seus postos municipais de atendimento. O tratamento inicial (preferencial), chama-se RHZ e inclui três medicações: rifampicina(R), isoniazida(H) e pirazinamida(Z). É muito eficaz. A cura usando o esquema RHZ por 6 meses, que é preconizado pelo sistema público de saúde, aproxima-se de 100% quando a medicação é utilizada de forma regular, ou seja, todos os dias.
Antes da existência de medicamentos efetivos para o combate da doença, 50% dos indivíduos morriam sem tratamento, 25% tinham cura espontânea e 25% tornavam-se doentes crônicos.
Conforme o Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, o tratamento é ambulatorial na maioria dos casos – feito com o paciente em casa, devendo ter a supervisão de um agente comunitário 3 vezes por semana nos primeiros dois meses de tratamento e depois uma vez por semana até o final do tratamento. Por outro lado, há situações onde a internação se faz necessária:

- estado geral muito ruim, que não permita o tratamento ambulatorial;
- meningoencefalite;
- complicações graves da doença ou necessidade de cirurgia;
- intolerância às medicações que não conseguiram ser contornadas ambulatorialmente;
- paciente sem residência fixa ou com situações que aumentem a chance de abandono.


Dentre os efeitos indesejáveis mais frequentes causados pelas medicações contra tuberculose estão a náusea, vômitos e dor abdominal. As pessoas com maior chance de desenvolver alguma toxicidade com o tratamento são os alcoólatras, os desnutridos, os HIV positivos, aqueles com doença crônica do fígado, pessoas com mais de 60 anos ou em uso de medicações anticonvulsivantes.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Co-relação da Tuberculose-AIDS

A AIDS é uma síndrome que compromete a imunidade celular do hospedeiro. Assim, desde o seu surgimento no início da década de 80, o vírus da Síndrome da Imunodeficiência Humana (HIV) tornou-se um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da tuberculose nas pessoas infectadas (“portadoras”) pelo Mycobacterium tuberculosis. A chance do indivíduo infectado pelo HIV adoecer de tuberculose é de aproximadamente 10% ao ano, enquanto que no indivíduo imunocompetente é de 10% ao longo de toda a sua vida.






































No gráfico 2 é possível notar que há uma correlação direta entre o aumento dos casos de AIDS e de Tuberculose.

A tuberculose no Brasil e no Mundo – Média amostral

No Brasil
A incidência estimada é de 37,8 casos de tuberculose para cada 100 mil brasileiros. Anualmente, são notificadas cerca de 72 mil novas infecções e 4,7 mil mortes decorrentes da doença no País. O Brasil integra o grupo dos 22 países que são responsáveis por 80% da carga de tuberculose no mundo, ocupando a 18ª posição em número de casos novos da doença.
Apesar dos altos índices, as taxas de incidência e de mortalidade por tuberculose, de acordo com o ministério, estão em queda há mais de uma década. Nos últimos 19 anos, os novos registros caíram 26% e as mortes, 32%.
No mundo
Cerca de 10 milhões de pessoas são infectadas por ano, das quais 4 milhões são mulheres e crianças. Pelas estimativas mais recentes, pelo menos 2 milhões morrem anualmente por causa da tuberculose. Os países com maior incidência estão concentrados na África e na Ásia, de acordo com a OMS.

No Mundo – Maiores incidências de Tuberculose















No Brasil – Cidades com Maior incidência de Tuberculose















Rio de Janeiro - Casos confirmados entre 1980 e 2003


















De acordo com os dados da tabela foi confeccionado o seguinte blox-plot:



















Incidência anual de tuberculose por faixa etária, MRJ, 2001-2006




















Tabela de distribuição dos doentes de acordo com a idade e o sexo




A frequência esperada está expressa na seguinte tabela :




Foi feito um teste hipótese para verificar se a hipótese deverá ser rejeitada ou não.

1
0,49
8
8,89
12
11,36
14
12,35
11
9,88
13
13,83
10
11,85
8
9,87
5
3,45
0,966547

Como foi possível observar, o valor encontrado aproxima-se de 1 por cento do nível de significância, sendo assim, a hipótese deverá ser aceita, ou seja, não rejeitada.


sexta-feira, 24 de junho de 2011

Conclusão

De acordo com os dados e informações apresentados, pode-se concluir que a tuberculose tem uma representação significativa como um dos maiores problemas de saúde em todo o mundo. Pode-se relacionar o caso com pessoas portadoras do vírus HIV, sendo estas representando uma maior chance de adquirir a doença, havendo, portanto, uma relação direta entre as duas doenças. Além disso, pode-se observar a diferença da presença da doença nos homens e nas mulheres.
Como a bactéria se instala muitas vezes de forma inesperada e apresenta sintomas que se confunde com uma "tosse natural", sugere-se que a educação e um diagnóstico precoce são os melhores meio de combater o índice de doentes e internações hospitalares.
  
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